domingo, 7 de dezembro de 2008

finally

há muito tempo penso em publicar meus diálogos com minha mãe. numa casa pequena, só ela, o cachorro, eu, marcos (meu namorado, em horários alternados) e ana (em horário comercial). depois de hoje, não resisti. provavelmente não vou conseguir traduzir as risadas que damos durante os pouco momentos juntas, mas não custa tentar, hm? resolvi colocar a idéia em prática quando tava preparando meu jantar.

indo pra mesa, com o prato na mão:
- mãe, juro que vou criar um blog pra colocar essas doidicies.
- precisa lembrar do começo da conversa...
- é... como foi mesmo?
- péra que vou lembrar.
- você? an ham... tá.

um pouco antes, enquanto eu estava no fogão, ela entra na cozinha:
- estou mais aliviada depois que mandei esse e-mail. minha cabeça não tá valendo mais de nada... será que vou ter alzheimer???
- ótimo. assim não vai nem lembrar que tá num asilo...
- tem vergonha, raphaela!!!! (bitch-slap)
- é verdade, mãe!
- olhe que você colhe o que planta, heim?
- mãe... relaxa que o esquecimento é de estresse... ninguém tem alzheimer aos 52.
- ah! sei lá... o michael j. fox teve um treco desses, num foi?
- o dele foi parkinson, mãe. e a incidência na idade dele é bem rara...
- minha mãe teve parkinson!
- é... e começou a ter sintomas aos 80 anos! pelamordideus, mãe! pára de ser hipocondríaca!!!
- sua vó era...
- e você não, né? a barriga do cachorro não pode nem roncar de fome que você já quer dar petprazol achando que é gastrite!
- hahahaha... deixe de ser ruim!!!!
- num sou ruim. ai... pega um prato de sopa pra mim, por favor...
- pratinho de sopa, é? fundo ou raso?
- de SOPA, mãe!!!

ainda na cozinha, que nem barata tonta:
- já tomei o remédio? já, né? acho que sim... (e vai andando pra perto do microondas). PQP! esquentei o leite pra tomar com o remédio!!! que droga!!!


enfim... pegou o espírito da coisa, né? duvido que isso tenha graça pra quem não nos conhece, mas quem tá acostumado com a dinâmica desse lar, sabe bem a loucura e a doçura que é... =)

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